Publicação será lançada no dia 23 de julho.
Do combate à lepra no século XX aos recentes desafios da Covid-19, a atuação da infectologia do Rio Grande do Sul acaba de ganhar um importante registro histórico em uma obra com mais de 300 páginas. No livro Infectologia no Rio Grande do Sul: a história através dos tempos, recém finalizado, o leitor é convidado a embarcar em uma jornada pelo tempo e a desvendar os segredos dessa área médica crucial para a saúde pública.
Com um um panorama abrangente da especialidade no estado, a publicação resgata desde as suas origens na Santa Casa de Porto Alegre, com destaque para a luta de doenças que remontam aos primórdios da humanidade até os desafios da atualidade.
“É interessante voltar ao tempo e ver, por exemplo, o papel central da Santa Casa na história da infectologia gaúcha, um hospital de muita tradição, onde muitos médicos se formaram, e a partir de onde se começou a criar novos serviços”, destaca o chefe do Serviço de Infectologia da Santa Casa de Porto Alegre, Alessandro Pasqualotto, também professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e atual presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI), responsável pela idealização do projeto.
Pensado ainda durante a pandemia de Covid-19, em 2022, o livro deixa para as próximas gerações um lugar seguro de pesquisa. E traz para a discussão questões recorrentes no campo das doenças infecciosas, como os movimentos antivacina e, mais recentemente, a circulação de fake news e as questões climáticas.
“Com a pandemia, a infectologia ganhou uma visibilidade gigantesca, talvez ímpar na sua história. Mas, somente no Rio Grande do Sul, temos uma trajetória de mais de dois séculos, que também precisava ser valorizada. Agora reunimos isso em uma obra que, através de recortes da história, registra como as doenças infecciosas impactaram diversos momentos da sociedade”, ressalta o historiador Eder da Silveira, organizador do livro.
Mais do que um registro histórico, a obra também é um convite à reflexão sobre o presente e o futuro da saúde pública, destacando temas como:
- Doenças que marcaram a história: o livro revisita a história no Rio Grande do Sul de importantes doenças infecciosas, tais como a hanseníase, a varíola, a tuberculose, as meningites, a sífilis, a gripe (tanto gripe espanhola como H1N1) e a epidemia do HIV/AIDS, contextualizando-os em seu momento histórico e social.
- A pandemia de Covid-19: dois capítulos foram dedicados à maior crise sanitária dos últimos cem anos e que elevou a infectologia a um patamar de visibilidade sem precedentes.
- As consequências das mudanças climáticas: o livro traz importantes reflexões sobre as consequências das ações humanas no meio ambiente, e o protagonismo da Sociedade Gaúcha de Infectologia durante a grande enchente ocorrida no estado em 2024, com consequente aumento do risco de doenças como leptospirose e tétano.
O livro reúne o olhar de especialistas de diversas áreas, incluindo historiadores, antropólogos, filósofos e médicos, que constroem um mosaico detalhado sobre a trajetória da infectologia gaúcha. “A obra apresenta a luta contra doenças cujas origens se perdem na noite dos tempos, como a tuberculose e a varíola, passa pelas especialidades que se desenvolveram dentro da infectologia e encerra com reflexões sobre a crise climática, que devastou o estado e exigiu uma rápida resposta para tentar conter o avanço de doenças como a leptospirose e o tétano”, explica o historiador.
Lançamento do livro
Para oficializar a importância da publicação, a Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) irá realizar no dia 23 de julho (terça-feira), às 19h, o lançamento do livro "Infectologia no Rio Grande do Sul: a história através dos tempos". O evento, aberto à comunidade acadêmica, médicos e demais interessados, será realizado no anfiteatro da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) com a presença dos autores e autoridades convidadas.
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O reconhecimento é realizado a cada dois anos e entregue ao profissional destaque no estado pela sua atuação.
A partir de uma abordagem minimamente invasiva, o procedimento foi realizada pela equipe de Radiologia Intervencionista.