Home / Na mídia / Dra. Sabrina Dequi Sanvido participa de matéria de GZH sobre câncer de pele

Dra. Sabrina Dequi Sanvido participa de matéria de GZH sobre câncer de pele

A dermatologista detalhou sobre os diversos tipos da doença

image

A dermatologista da Santa Casa, Sabrina Dequi Sanvido, foi fonte de matéria sobre o câncer de pele produzida pela GZH nesta semana.

Confira:

Causa, aparência dos sinais e gravidade diferenciam tipos de câncer de pele

O câncer de pele é um dos tumores mais frequentes no Brasil e no mundo, de acordo o Ministério da Saúde. A doença costuma aparecer em pessoas acima de 40 anos, com pele, cabelos e olhos claros e que tiveram períodos de exposição solar contínua e cumulativa ou episódios recorrentes de queimaduras de sol. Entre os diversos tipos existentes, três se destacam como os mais comuns: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma epidermoide (CEC) e melanoma.

Os tumores são separados em dois grupos classificatórios, os cânceres de pele não-melanoma e os melanomas. No primeiro, o CBC e o CEC, considerado os dois mais frequentes. No segundo, o melanoma, um dos mais raros, mas mais graves. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que o Brasil registrou 176,9 mil novos casos de câncer não-melanoma em 2020, e 8,4 mil casos de melanoma.

Ela explica que o câncer de pele surge de um dano solar já estabelecido. Ou seja, o paciente que já teve muitas queimaduras ou anos de exposição solar pode receber o diagnóstico no futuro, ainda que fique anos sem contato exagerado com os raios solares.

Tipos de câncer de pele

Carcinoma basocelular
Considerado o mais comum e também o menos agressivo, o carcinoma basocelular (CBC) costuma aparecer em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos e com longa bagagem de exposição solar. Segundo a dermatologista do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Sabrina Dequi Sanvido, o CBC normalmente surge com uma bolinha nas áreas da pele que foram expostas ao sol, podendo ser vermelha ou acastanhada.

— Também pode ser uma ferida que não cicatriza nunca. Pode aparecer na área H do rosto. Em volta do nariz, dos olhos e das pálpebras são consideradas áreas de risco. Outra característica é que cresce lentamente. Às vezes, leva anos para uma manchinha se tornar uma bolinha. E, se não for tratado, vai continuar crescendo — relata.

A boa notícia é que esse tipo de câncer não costuma ter metátese. Ou seja, cresce localmente, sem se espalhar pelo resto do corpo.

Carcinoma epidermoide
O carcinoma epidermoide (CEC) também está relacionado à exposição solar progressiva e cumulativa. Sabrina conta que, assim como o CBC, o CEC costuma surgir com uma bolinha na pele vermelha, mas com uma casquinha, semelhante a uma verruga. Segundo ela, é essa crosta que pode diferenciar os dois tipos.

— O CEC é mais agressivo que o CBC e é o segundo subtipo mais comum. Em pacientes transplantados e imunossuprimidos, é até mais frequente que o CBC. O CEC, quando aparece em alguma área da cabeça ou pescoço, tende a ser mais grave. Mas é mais comum que apareça em áreas que ficam expostas ao sol, como a face, o tórax e os membros superiores — descreve a dermatologista.

A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de apresentar metástase.

Melanoma
Esse é o mais raro, mas mais grave, uma vez que tem mais chances de se disseminar pelo resto do corpo. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, em forma de manchas, pintas ou sinais. O método ABCDE, segundo a dermatologista da Santa Casa, pode ajudar a identificar se uma pinta ou sinal pode ser um melanoma.

— Se dividir a pinta em quatro e as partes não forem iguais entre si, significa que é assimétrico e isso pode ser um sinal. Se a borda for irregular, tiver mais de duas cores e diâmetro superior a 6mm, também é para ficar alerta. O melanoma também é caracterizado pela rápida evolução. Se a pinta surgiu de uma hora para outra ou dobrou de tamanho em poucos meses, é bom ficar atento — conta.

Ela ressalta que se uma pinta ou sinal tiver essas características, não significa necessariamente que é um melanoma. A maioria das lesões, afirma a Sabrina, não será câncer de pele. Mas especialistas entendem que perceber esses sinais é importante porque o melanoma tem altas chances de cura quando diagnosticado precocemente.

Prevenção, diagnóstico e tratamento
Para evitar qualquer um desses três tipos de câncer de pele, as recomendações são simples. Usar e abusar do filtro solar, independentemente da estação do ano ou da temperatura do dia, e evitar a exposição solar proposital sem proteção das 10h às 16h, quando o sol está mais forte. Para aqueles que trabalham sob o sol, a dica é usar chapéus, óculos de sol – uma vez que o melanoma pode surgir no olho também – e proteger o corpo com roupas próprias para a exposição solar.

— Outra forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Quem já teve muitas queimaduras de sol, tem histórico familiar de câncer de pele, pele claras e olhos claros, deveria passar anualmente por uma revisão geral da pele com objetivo de diagnosticar precocemente, uma vez que têm mais chances de desenvolver um desses tipos de câncer — defende a dermatologista da Oncoclínicas.

A biópsia é a principal forma de diagnóstico. No consultório, o dermatologista aplica uma anestesia local, corta um pedaço do sinal e manda para análise em laboratório. Caso o resultado confirme um câncer de pele, o paciente tem duas opções de tratamento. Para câncer de pele não-melanoma, o paciente pode optar pela cirurgia de retirada do tumor, ou a radioterapia, para os casos aplicáveis e para pessoas que não podem ser operadas.

— A cirurgia é resolutiva e, com ela, tem menos chances de o tumor voltar. Para o câncer de pele melanoma, o tratamento é a cirurgia. Em alguns casos, se tiver algum gânglio comprometido ou se a lesão não estiver só na pele, é necessário associar alguma terapia, como a imunoterapia, ao tratamento cirúrgico. Mas é apenas para uma porcentagem dos casos. Na grande maioria, a cirurgia resolve — relata a dermatologista da Santa Casa.

As especialistas garantem que, em ambos os tipos de câncer de pele, as chances de cura são altas. Mas pontuam que é importante diagnosticar o mais rápido possível. O Ministério da Saúde afirma que os três tipos podem ser tratados, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Últimas notícias

Médico da Santa Casa é um dos três brasileiros convidados para consenso internac...

Weston presidiu a Associação Brasileira de Câncer Gástrico e liderou a organização de Consenso Brasileiro de Tratamento de Câncer

Santa Casa adquire arco cirúrgico através de emenda do vereador Moisés Barboza

Centro cirúrgico Sarmento Barata, no Hospital Santa Rita, agora conta com quatro equipamentos com essa tecnologia

Em Alta: Campanha de vacinação

Agende sua vacinação e mantenha-se prevenido durante todo o ano.