Submetido a procedimento para a retirada de um tumor cerebral, o paciente pode praticar uma de suas paixões.
Na tarde desta segunda-feira, dia 14 de novembro, o agricultor e músico Vilson Saueressig foi submetido a procedimento para a retirada de um tumor cerebral e, ao mesmo tempo, pode praticar uma de suas paixões: tocar saxofone. A cirurgia foi realizada no Hospital São José, unidade da Santa Casa de Porto Alegre referência nacional no atendimento em neurologia, neurocirurgia e procedimentos de alta complexidade.
O neurocirurgião Marcelo Schuster, que liderou a equipe no procedimento, explica que a técnica de cirurgia de tumor cerebral com o paciente acordado é especialmente útil em casos que o tumor está localizado em regiões diretamente envolvidas com os mecanismos de linguagem como falar, entender situações, fazer cálculos, interpretar textos e contextos, além realizar funções específicas como tocar um instrumento musical, como foi o caso deste paciente.
“O paciente é submetido a testes neurológicos específicos durante a cirurgia e, com o auxílio da estimulação elétrica cerebral ou monitorização neurofisiológica intraoperatória, é possível conseguir mapear áreas cerebrais fundamentais que não podem ser ressecadas. Somente assim é possível retirar o máximo de tumor causando mínimo ou nenhum déficit neurológico permanente”, explica o dr. Schuster.
Outro ponto que gera curiosidade é sobre a dor. “O tecido cerebral em si não possui terminações nervosas, por isso conseguimos manipular o cérebro sem que o paciente sinta dor. A pele, osso, e membranas que envolvem o cérebro, e que podem causar dor, recebem uma anestesia especifica”, destaca o neurocirurgião.
A profissional foi uma das 11 especialistas homenageadas durante programação do XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva.
Mudança está em vigor desde 14 de novembro
Mais de 20 profissionais se envolveram na ação, beneficiando 18 crianças e adolescentes que aguardavam a realização do procedimento.