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Santa Casa realiza 1ª prótese reversa de ombro por navegação do Sul do país

Liderada pelo dr. Fernando Mothes, o procedimento inova ao fazer uso de um software que utiliza um sistema de GPS para guiar a mão do cirurgião.

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A equipe de Cirurgia de Ombro da Santa Casa de Porto Alegre realizou, no sábado (13/05), a primeira artroplastia reversa de ombro por navegação da Região Sul do país. Liderada pelo médico ortopedista Fernando Mothes, o procedimento inova ao fazer uso de um software que utiliza um sistema de GPS para guiar a mão do cirurgião durante a implantação da prótese, permitindo maior precisão em relação à cirurgia convencional. 
 
Como explica Mothes, a artroplastia reversa, também conhecida como prótese reversa, é um método consagrado no tratamento das lesões complexas de ombro, realizada com o objetivo de recuperar o movimento e a força da articulação, eliminando os sintomas de dor. Segundo o médico, a prótese inverte a biomecânica do ombro ao fixar uma esfera na escápula e uma superfície côncava no úmero.
 
“Nessa cirurgia, uma questão crucial para o bom resultado é o posicionamento do pino central do componente da glenoide, uma cavidade articular localizada na lateral da escápula. Com a técnica de navegação amplia-se a precisão, sendo possível colocar o implante na posição mais próxima do ideal com risco mínimo de erro técnico e melhores resultados a longo prazo”, destaca o coordenador do Grupo de Cirurgia de Ombro da Santa Casa de Porto Alegre e primeiro médico a usar esse sistema na Região Sul do Brasil. O procedimento também contou com a participação do médico Márcio Schiefer, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), do Rio de Janeiro.
 
A nova tecnologia, criada pela empresa americana de próteses ortopédicas Exactech, foi utilizada para corrigir uma dor crônica no ombro direito de uma paciente de 80 anos. Com piora progressiva dos sintomas e da perda de movimento, as dores já não permitiam que ela realizasse atividades básicas do dia a dia. “O objetivo é o alívio total dos sintomas e a melhora importante dos movimentos e da função do ombro, representando um ganho enorme na qualidade de vida da paciente”, ressalta Mothes.
 
Para fazer uso da técnica de navegação, o cirurgião realizou diversos treinamentos nos Estados Unidos, além da participação de um curso de pós-graduação em Nova York com usuários da tecnologia do mundo todo. Segundo Mothes, a expectativa é que a navegação cirúrgica ganhe cada vez mais espaço no Brasil. “Trata-se de um clássico exemplo do uso da tecnologia em prol da saúde do ser humano. Os benefícios, quando comparado à técnica convencional, já foram comprovados cientificamente, reduzindo as complicações e oferecendo aos pacientes melhor durabilidade da prótese, além de evitar a necessidade de novas reoperações”, frisa o médico.

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